1. Prepare o passeio: A fase de preparação é, talvez, a mais importante,
pois é a que envolve todas as expectativas da criança. Procure informações na
internet, em mapas, em livros (temos aí uma boa oportunidade para visitar uma
biblioteca também!).
2. Busque referências: Se você vai visitar o centro histórico da sua cidade,
uma etapa importante é buscar as histórias das pessoas que viviam lá. Onde
moravam? Onde trabalhavam? Como era o seu estilo de vida? Que meio de
transporte utilizavam? Busque respostas para essas perguntas em jornais
antigos, documentos e, claro, conversas com os moradores. Levar a criança para
bater um papo com um morador antigo do bairro antes ou depois do passeio pode
ser muito interessante. Assim, ela poderá fazer as próprias perguntas e sanar
as suas curiosidades.
3. Documente
tudo: é importante que você e os
alunos documentem tudo juntos - desde o planejamento até as conclusões a que
chegaram depois da visita. Antes: vocês podem organizar um diário, com os
lugares que vão visitar e anotações do que já sabem sobre eles. Durante: é hora
de tirar fotos e anotar o que encontrarem de interessante - desde a data de
construção de um prédio antigo até a explicação ao lado de um quadro num museu.
Depois: vem a parte da organização. É hora de selecionar as melhores fotos,
imprimi-las e montar um álbum ou cartazes com legendas, para que a turma nunca
esqueça o que viu. E é bom lembrar: o ato de documentar, além de deixar uma boa
lembrança do passeio, incentiva a criança a praticar a escrita.
4. Caminhe: O melhor jeito de conhecer um centro histórico é
caminhando. Nada de carros ou ônibus. Andar a pé, observando a arquitetura e as
construções antigas, proporciona uma vivência muito mais interessante do que
entrar e sair correndo de museus e centros culturais.
5. Faça perguntas: Num passeio num centro histórico, os adultos têm o
papel de incentivar a reflexão entre as crianças. Diante de um prédio antigo,
pergunte o que elas acham dele, se acham bonito ou feio. Ao observar a estátua
de alguém, pergunte se elas sabem quem foi essa pessoa e se elas acham que a
pessoa realmente merece um monumento. Ao andar por uma rua de paralelepípedos,
faça-as observar como era o calçamento de antigamente. É importante, enfim,
fazer que elas reflitam sobre o que estão vendo, para que, assim, possam
entender também a cidade em que vivem. Lembre-se, no entanto, de adaptar esse
momento de reflexão para a idade das crianças ou dos adolescentes. Diante de
uma estátua, por exemplo, é possível agir de duas maneiras: com os menores,
peça que eles identifiquem os elementos presentes na mesma; com os mais velhos,
uma abordagem possível é falar sobre a época em que viveu a pessoa retratada.
6. Siga
os interesses dos alunos: Lembre-se
sempre que o passeio é um momento de lazer e aprendizagem para os seus alunos.
Peça a opinião deles e tente priorizar atividades do seu interesse. Tudo bem
que há um museu histórico muito interessante justamente onde vocês estão, mas
os seus alunos não param de falar que querem ver uma estátua numa praça que
está a um quilômetro de distância? Siga a vontade deles. A criança e o adulto
não entendem a História da mesma maneira. É importante descobrir quais são os
interesses da criança.
7. Compare
o passado e o presente: Uma
cidade é do jeito que é por causa de seu passado, de sua história. O Centro de
Natal tem casarões suntuosos, por exemplo, porque já foi a parte mais rica da
cidade. Hoje, no entanto, é uma área um pouco degradada. Por quê? Para onde
foram as pessoas ricas que ali moravam? Como foi esse processo de degradação?
Por meio de fotos, que podem ser encontradas na internet ou em bibliotecas, é
possível ver a cidade em períodos diferentes e fazer essa comparação. Mas é importante
não idealizar e achar que o passado era como em algumas novelas das seis.
Também havia pobreza e conflitos sociais.
8. Prove comidas típicas: É claro que um passeio como esse - em que o ideal é
andar a pé - é bastante cansativo e vocês vão precisar fazer uma pausa com as
crianças. Se possível, faça isso quando bater a fome e aproveite para comer
algo típico e, assim, continuar falando de História com seus alunos. É
importante falar das ideias, da culinária, da cultura do povo. Toda cidade ou
região tem uma comida que faz parte da sua história. Aproveite para prová-la
nesse passeio histórico com o seus alunos!
Postagem de Thaís Maranhão (thaís.fly74@yahoo.com.br)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS:
REVISTA EDUCAR PARA CRESCER
REVISTA NOVA ESCOLA